Reflexões para crescer no amor a Deus, no amor aos irmãos e fortalecer-se na fé cristã.Viver, em suma!
sábado, 11 de agosto de 2012
ATENTO PROVEDOR
Muito sono perdem os pais! Perturba-os um desafio angustiante. Reconhecem-se responsáveis não somente com o presente, mas também com o futuro dos filhos. Desdobram-se em seus ofícios, renunciam a inúmeras vantagens, aplicados em garantir aos filhos um futuro estável. Associa-se geralmente este consolidado futuro a posses. Ou a uma recompensadora profissão. Deixar algum patrimônio para os filhos sempre foi considerado um atestado de competência por parte dos pais. E estes, naturalmente, vivem se cobrando este cuidado. Há de se convir, contudo, que bens materiais não garantem o almejado sossego. Heranças materiais sempre carregam riscos. Patrimônio material, o dinheiro em particular, atiça a ganância, congela sentimentos. Não é raro assistir a irmãos se desentenderem e ver laços familiares se esgarçarem justamente por conta de disputas em torno de espólios. É, igualmente, freqüente ver filhos esbanjarem herdadas fortunas por não valorizar adequadamente o esforço dos pais em construir consistente patrimônio. Bens materiais, embora necessários, particularmente numa cultura que valoriza tanto o ter, não garantem um futuro tranqüilo e digno.
Estabilidade não depende do volume do patrimônio. Não são valores exteriores que preenchem o ser humano. Posses são complementos relevantes, mas não representam a essência nem o alicerce insubstituível para uma vida digna e honrada. Pelo simples fato de serem bens transitórios. Sujeitos a fácil dissipação, tantos são e tão variados os imprevistos. E as ambições. Nosso Senhor Jesus Cristo, entendido e sábio Mestre, alerta com ênfase a não concentrar energias na busca exclusiva de ‘alimentos perecíveis’. Aconselha, ao contrário, a dar prioridade ao ‘alimento que dura até a vida eterna’. Relevantes mesmo são aqueles valores que preservam a integridade e a honradez em qualquer circunstância. Vale destacar o comovente testemunho dado, recentemente, por aquele casal de mendigos que encontrou uma boa quantia de dinheiro deixada numa sacola. Ao deduzir que seria o possível dono, ignorando o popular ditado de que o achado não é roubado, o casal simplesmente devolveu-lhe o dinheiro. Quando questionado a respeito do inusitado gesto, o mendigo candidamente respondeu: aprendi com meu pai que não é certo ficar com aquilo que não me pertence! Este pai desconhecido legou ao filho um ’patrimônio’ incorruptível, uma herança que ninguém lhe pode surrupiar. Impossível não lembrar-se de outra preciosa lição de Jesus, ao insistir para que não se perca tempo acumulando bens terrenos, sujeitos a traças e ladrões, mas que se construa um tesouro no céu.
A família é, indubitavelmente, a primeira escola neste quesito. Os pais, os educadores insubstituíveis. Conscientes da primordial natureza do legado que pretendem deixar aos filhos, antes de se concentrarem em material patrimônio, se empenharão a convencer seus descendentes acerca da insubstituível importância dos valores morais e espirituais. Entre os tantos valores transcendentes destaca-se o hábito da oração. Orar não é tanto repetir fórmulas, mas reconhecer que Deus possui um espaço privilegiado na vida de uma pessoa. Orar é conceder a Deus esse espaço privilegiado! Ao orar, a pessoa confessa a soberania de Deus em sua história. Esta é a razão primeira porque a oração mais autêntica é aquela feita em silêncio, ‘no interior do seu quarto’, como diz Jesus. Orar é fundamentalmente isto, reconhecer a presença amiga de Deus, uma soberania amorosa, cúmplice e companheira da qual não se abre mão, por nada! Que impacto na vida dos filhos provoca o testemunho de um pai que ora! Ao assimilar esta mística, o pai, na condição de primeiro provedor, estará legando aos filhos um patrimônio de inestimável valor, imune a qualquer ação do tempo e seguro contra as turbulências da vida. É fabuloso acompanhar um pai brincando com seu filho. É divino contemplar um pai ensinando o filho a orar!
Espólio mais precioso impossível! Confiante dorme o pai ao reconhecer que, com a imprescindível colaboração da esposa, mãe de seus filhos, educou seus pequenos no hábito da oração. Herança mais valiosa, impensável!
FELIZ DIA DOS PAIS!
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