sábado, 11 de janeiro de 2014

FRATERNIDADE E PAZ (I)

FRATERNIDADE E PAZ (I) Por ocasião do Dia da Confraternização Universal, o dia 1º de janeiro, o Papa costuma mandar uma reflexão para alimentar a celebração da data. Este ano 2014 figura como o primeiro ano novo no pontificado do Papa Francisco. Aguardava-se com compreensível curiosidade sua mensagem, dada a aceitação generalizada que sua figura humana e humilde tem provocado. O Papa Francisco escolheu como tema da sua primeira mensagem " a Fraternidade, fundamento e caminho para a Paz". Ideal seria, evidente, conhecer a mensagem na íntegra. Com o intuito de divulgar o conteúdo da mensagem e socorrer aos que a ela não têm acesso decidi reproduzir trechos que, na minha opinião, merecem destaque e reflexão. Boa e proveitosa leitura. "No coração de cada homem e mulher habita o anseio duma vida plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar". "Convém lembrar que a fraternidade se começa a aprender habitualmente no seio da família, graças sobretudo às funções responsáveis e complementares de todos os seus membros, mormente do pai e da mãe. A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor". "Em muitas partes do mundo, parece não conhecer tréguas a grave lesão dos direitos humanos fundamentais, sobretudo dos direitos à vida e à liberdade de religião. Exemplo preocupante disso mesmo é o dramático fenômeno do tráfico de seres humanos, sobre cuja vida e desespero especulam pessoas sem escrúpulos". "A globalização, como afirmou Bento XVI, torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos". " Resulta claramente que as próprias éticas contemporâneas se mostram incapazes de produzir autênticos vínculos de fraternidade, porque uma fraternidade privada da referência a um Pai comum como seu fundamento último não consegue subsistir. Uma verdadeira fraternidade entre os homens supõe e exige uma paternidade transcendente". "Segundo a narração das origens, todos os homens provém dos mesmos pais, de Adão e Eva, casal criado por Deus à sua imagem e semelhança, do qual nascem Caim e Abel. Na história desta família primigénia, temos a origem da sociedade, a evolução das relações entre as pessoas e os povos". "A narração de Caim e Abel ensina que a humanidade traz inscrita em si mesma uma vocação à fraternidade, mas também a possibilidade dramática da sua traição. Disso mesmo dá testemunho o egoísmo diário, que está na base de muitas guerras e injustiças". "Surge espontaneamente a pergunta: poderão, um dia os homens e as mulheres deste mundo corresponder plenamente ao anseio da fraternidade, gravado neles por Deus Pai? Conseguirão, meramente com as suas forças, vencer a indiferença, o egoísmo e o ódio, aceitar as legítimas diferenças que caracterizam os irmãos e as irmãs? Parafraseando as palavras do Senhor Jesus, poderemos sintetizar assim a resposta que Ele nos dá: dado que há um só Pai, que é Deus, vós sois todos irmãos. A raiz da fraternidade está contida na paternidade de Deus. Não se trata de uma paternidade genérica, indistinta e historicamente ineficaz, mas do amor pessoal, solícito e extraordinariamente concreto de Deus por cada um dos homens". "Jesus Cristo assumiu a natureza humana para a redimir; por meio da sua ressurreição constitui-nos como humanidade nova, em plena comunhão com a vontade de Deus, com o seu projeto, que inclui a realização plena da vocação à fraternidade". "Como se lê na carta aos Efésios, Jesus Cristo é Aquele que reconcilia em Si todos os homens. Ele é a paz, porque, dos dois povos, fez um só, derrubando o muro de separação que os dividia, ou seja, a inimizade. Criou em si mesmo um só povo, um só homem novo, uma só humanidade nova". continua .....

Nenhum comentário:

Postar um comentário