
Oportuna missão! Toda pessoa inteligente reflete e aprende muito com o exemplo dado por astronautas americanos, empenhados numa missão de operar consertos no telescópio espacial Hubble. Esta viagem não recebeu muito destaque na mídia, embora os reparos que precisavam ser feitos envolvessem sérios riscos para os astronautas. Óbvio, a agência espacial norte-americana tomou todas as providências para garantir a segurança de seus homens. A missão, avaliada como positiva pelos técnicos, deixa preciosa lição. Para aqueles astronautas, envolvidos em delicados reparos a mais de 500 km da Terra, o importante era executar corretamente cada movimento previsto. A concentração da equipe tinha que ser total. Nos dias que ficaram no espaço relegaram à segundo plano as crises econômicas e de saúde que afligem o mundo, possivelmente também suas particulares angústias e conflitos pessoais. Aplicados e concentrados tiveram êxito, com vantagens para toda a humanidade.
A lição, obvia, é que todo progresso, em qualquer campo da vida, depende da disposição, e do preparo, de fazer bem o que se propõe realizar. Não é raro o ser humano cair num grave equívoco. Se concentra apenas e tão somente em tarefas que reputa importantes. Tarefas são consideradas importantes quando dão visibilidade ou quando prometem substanciosas remunerações. Para estas tarefas o Homem costuma se preparar. Faz questão de sair-se bem. Quando, contudo, a tarefa agendada não oferece tanta visibilidade, ou faz parte da rotina, a tendência é executá-la de maneira dispersa, sem concentração. Displicente mesmo. A conseqüência previsível desta falta de aplicação é a mediocridade, tão em evidência ultimamente.
O segredo para um sustentável progresso, tanto no campo individual como no campo coletivo, é aprender a aplicar-se em executar bem cada tarefa. Sem se importar com a visibilidade do esforço. Martin Luther King, em um de seus discursos, comentou que um varredor de rua deve aplicar-se tão bem em sua tarefa que quando morrer os anjos o apresentarão ao Pai Eterno como um gari que fazia seu trabalho com muito capricho. Repara-se que toda tarefa, quando feita com denodo, beneficia não somente o individuo, mas a coletividade na qual se insere. Impossível avaliar os desdobramentos positivos de um trabalho executado com capricho. Além do resultado final, fica o exemplo que sempre marca, sem que você saiba a quem e de que maneira. Vale registrar ainda, quem se aplica em executar bem uma tarefa, trabalha, normalmente, com alegria. Uma disposição capaz de transformar ambientes, iluminando e tornando leves os locais de trabalho. Em clima descontraído,o trabalho rende. Pois quem trabalha com alegria é, naturalmente, criativo e otimista. Está sempre em busca de aperfeiçoar seu rendimento, motivado pela satisfação de sair-se bem. De crescer, sem a doentia ambição que atrela todo empenho ao reconhecimento ou à remuneração. Consciente e compenetrado, o agente se porta como constante aprendiz. Não se ofende quando é corrigido e nem sente-se desprestigiado quando orientado. Por outro lado, quando faltar este tipo de disposição, a mediocridade se instala. Fica explicado porque muitos andam se arrastando pela vida. Apáticos sempre. Insatisfeitos com o trabalho, queixosos dos colegas e, obviamente, desgostosos com a vida. Culpam tudo e todos pela situação. Reclamam melhoras, sem atentar que o começo do progresso está em aplicar-se a fazer bem as encomendas recebidas. O caminho para o sucesso é, sempre, lento e exigente. É preciso subir degrau por degrau. Inúmeros são os exemplos de pessoas que chegaram ao topo da carreira começando de baixo, tendo o cuidado de realizar com capricho as encomendas recebidas, inclusive as mais insignificantes. Nem sempre é possível estar onde se gosta, mas é sempre possível fazer com gosto o que se tem por realizar.
Realizações não acontecem por acaso. Constroem-se degrau por degrau. Enorme ilusão imaginar que o sucesso se faz de forma instantânea. Ou porque se tem sorte! Na agitação do ritmo moderno, na falta de paciência que caracteriza a geração mais nova, na difusa obsessão para selecionar tarefas, fica o recado dos astronautas: o que importa não é fazer muito, nem fazer com estardalhaço,mas, sim, aplicar-se em realizar bem cada tarefa, toda tarefa.
FELIZ DIA DA MÃE!
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