Reflexões para crescer no amor a Deus, no amor aos irmãos e fortalecer-se na fé cristã.Viver, em suma!
sábado, 7 de julho de 2012
ARTIGO
PRENOMES
Nomes sugerem perfis! Incumbência particular é dar nome, em especial, quando se trata de gente. O nome de batismo ou de registro é a primeira credencial da pessoa. Gera, embora por justiça não de forma definitiva, a inicial impressão e inspira a formulação de conceitos a respeito do jeito de ser do titular. O nome é o cartão de apresentação do cidadão. Facilita caminhos ou cria barreiras. Séria responsabilidade, portanto, é escolher o nome de uma pessoa. É a razão porque os orientais dão tanta importância à escolha do nome para seus filhos. Na cultura oriental, o nome tem a ver com o que os pais almejam para o filho/filha, geralmente um projeto positivo e construtivo. Coerentes e conscientes da repercussão eles são particularmente cuidadosos ao escolher nomes. Tão diferente do atual costume ocidental cujo critério principal na escolha de nomes próprios passou a ser a fantasia dos pais. Caiu em desuso um louvável costume cristão que dava aos filhos nomes de santos que lhes fosse motivo de inspiração e proteção. Vige, no atual costume, a imaginação dos pais, nem sempre criteriosamente alimentada, a ponto de alguns nomes escolhidos para os filhos atestarem uma triste indigência cultural. Importam-se, inventam-se ou fundem-se, nomes que, além de difícil pronúncia, nada têm a haver com a cultura local. Ao impor nomes estranhos distorce-se por completo seu significado, condenando os filhos a um perpétuo suplício. O amor e o respeito pelos filhos inclui, obviamente, o cuidado na escolha do nome. Ignorar as possíveis conseqüências desagradáveis na escolha infeliz de um nome apenas para satisfazer subjetivos e passageiros caprichos é um gesto arbitrário que merece severas censuras. Felizmente, a legislação permite ao cidadão trocar de nome na justa tentativa de reconquistar a própria dignidade.
A tradição bíblica resgata a importância do nome. Inúmeros são os episódios quando o próprio criador tratou de alterar o nome da pessoa justamente para ressaltar o que dela esperava ou para indicar a missão para a qual fora escolhida. Ao dar ao primeiro homem o nome de Adão, o Criador pretendia que a obra prima da sua ação criadora se lembrasse constantemente da sua condição humilde, da terra foi formada. E a história confirma, os grandes beneméritos da humanidade foram pessoas modestas, despretensiosas. Quanto menor a arrogância mais humanas as pessoas são, mais compreensivas. Mais promotoras da vida, enfim. Na Bíblia, o sufixo ÃO indica perpetuidade, prosperidade. Adão, da terra tirado, representa também a paternidade fecunda. No caso de Abraão, Deus acrescentou-lhe justamente o sufixo ÂO como indicativo para as futuras gerações da sua condição de patriarca de numerosa nação. Quando, então, chegou a plenitude dos tempos, a época marcada para a realização da obra maior da salvação, Deus cuidou de dar, Ele próprio, o nome aos dois personagens principais. Ao indicar à Maria e a José o nome do Filho, gerado pela ação do Espírito Santo, Deus revelou ao mundo o seu projeto salvador. Jesus, de fato, quer dizer salvador. Antes de ser filho de Maria e de José, Jesus era o Filho amado de Deus, enviado ao mundo para revelar e concretizar o sublime projeto salvador do Pai. Seguindo o mesmo critério, ao indicar ao velho casal Zacarias e Isabel o nome do filho que estava para nascer-lhes, Deus indicou a missão preciosa que o menino realizaria. João significa Deus é misericordioso, generoso em suas iniciativas. Na mesma direção seguiu Jesus ao decidir trocar o nome de seu principal discípulo, Simão, para Pedro. Assim agiu não por capricho, mas, sim, para indicar ao próprio Pedro, como também à comunidade dos discípulos, a tarefa que estava lhe confiando, a de ser o principal acolhedor e sustento da fé da Igreja.
Escolher o nome do filho/filha é uma oportunidade privilegiada de destacar a individualidade da pessoa, apresentá-la como elemento insubstituível na construção de um mundo mais justo e mais humano. É também impar ocasião para alimentar o indispensável amor a si próprio. Afinal, gostar do próprio nome é o primeiro indicativo de uma saudável autoestima, do respeito que o sujeito dá a si e espera receber dos outros. Bem escolhido, o prenome tornará a viagem pela vida mais leve, mais venturosa!
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