
Conhecer não é o mesmo que conscientizar-se! Todo cidadão possui a consciência que participar ativa e responsavelmente no processo eleitoral é dever cívico intransferível. Todavia, nem todo cidadão se deixa motivar por ideais genuinamente políticas no processo eleitoral. Interesses politiqueiros e corporativos andam ainda difusos. E muito aceitos. Se existe possibilidade de tirar alguma vantagem pessoal ou corporativa sufragando determinados candidatos, por quê perder a oportunidade? Afinal, todo mundo assim age!?! Argumenta-se ainda, para justificar a manha: que diferença fará meu solitário voto? Na mesma linha de raciocínios insustentáveis segue a outra turma que recusa votar por considerar irrecuperável a classe política. Nada vai mudar, nada vai melhorar, posicionam-se os pessimistas. São todos corruptos, sentencia-se injusta e temerariamente.
Conscientizar-se da responsabilidade cidadã é preciso. Evidente, argumentos não faltam para descrer da política ou dela aproveitar-se. No entanto, votar impulsionado por conveniências pessoais como desistir de votar representa posturas eticamente censuráveis. Nesses casos, o cidadão, não somente abre mão de colaborar efetivamente na promoção do bem comum, como, e isso é mais grave, contribui indiretamente para manter o nefasto hábito de fazer política de maneira viciada e oportunista. Urge convencer-se que ao votar, o cidadão oferece sua singular contribuição na construção de uma sociedade mais justa e correta. Por mais desconfiada a mentalidade, votar é oportunidade única e igual que o cidadão possui para manifestar seu conceito e seu desejo sobre os destinos de seu município. Ilude-se quem menospreza seu voto. Erra quem o usa de maneira oportunista.
O critério fundamental a motivar uma participação consciente no processo eleitoral é a convicção de que não existe bem estar isolado. Felicidade consistente e duradoura somente é possível quando comunitariamente partilhada. Essa convicção induz o cidadão consciente a escolher bem os candidatos em quem pretende votar. Evidente, isso dá trabalho. É a partir desse empenho preliminar, todavia, que começa-se a resgatar a política e a ajustar os rumos da sociedade. Sabe-se que alguns candidatos são cooptados como simples intermediários a puxar votos em favor de um ou outro cacique. Essa ardilosa estratégia impõe filtrar o perfil de cada candidato. Conhecer currículos e pesquisar motivações e alianças. Pois, no caso de se seu candidato não ser eleito, seu voto pode migrar para postulantes ou legendas que não gozam da sua estima ou preferência.
Votar com responsabilidade demanda diligência cívica. É dever moral e cívico intransferível. Para o cristão consciente, participar diligentemente do processo político representa assumir a dimensão missionária exigida pelo evangelho. Urge superar o oportunismo. Urge superar o pessimismo e marcar presença. Votar com consciência é decisivo, sempre!
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