
O que se conhece, de confiável, sobre Maria, a mãe de Jesus, tem, como fonte, as Sagradas Escrituras. Motivos sérios, portanto, não há para contestar a evidência que o livro inspirado lhe dedica. Preconceitos a parte, e descontando exageros, a relevância de Maria na obra da salvação fica evidente. O explícito registro de sua presença é sinal inconteste da estima do Soberano pela criatura humana. Encarnando-se, o Filho Unigênito de Deus escolheu ter uma mãe, como qualquer outro ser humano. Por graça divina, Maria foi a escolhida para ser esta mulher. Novamente, preconceitos a parte, ela mereceria receber as mais distintas homenagens, em especial por quem se diz crente. Afinal, ela enaltece a raça humana diante de Deus. Quando, então, se toma conta que, na condição de mãe, ela nunca se antepõe a seu Filho, ao contrário, profunda conhecedora da sua pessoa e da sua missão, ela encontra sua maior satisfação em querer apresentá-lo a um número maior de pessoas, justifica-se a recomendação do anjo a José, seu prometido esposo: não tenha medo de receber Maria em sua casa! Estranhamente, muito crente continua com medo de receber Maria em sua casa, em sua vida.
Livre de preconceito, o fiel que deseja conhecer mais a fundo o Filho de Maria encontra nela fonte preciosa de inspiração. Sem se enveredar em escritos outros, mas mantendo-se fiel ao que é registrado no Evangelho, o crente ouve de Maria a seguinte instrução: faça o que ele disser. Foi em Canã, durante as festividades de um casamento que ela deu essa instrução. Os serviçais a quem foram dirigidas essas palavras, seguiam a solicitação da mãe e o resultado todo conhecedor da Bíblia sabe. Água foi transformada em vinho da melhor qualidade. Para o crente, o alcance dessa ordem ultrapassa os limites da humilde aldeia na Galiléia. Com Maria se aprende a realizar tudo o que Jesus pede. Sem questionamentos e sem tendenciosas leituras. Ao que for fiel na execução dessa solicitação, o resultado será igualmente surpreendente e benéfico, tanto para quem cumpre, como também para quem tiver o privilégio de estar por perto.
Lucas, destacadamente o mais mariano de todos os evangelistas, recorre com frequência a um refrão que, ao mesmo tempo em que joga preciosa luz sobre a personalidade da mãe de Jesus, insinua outra lição singular que se aprende com ela. Nas situações que superavam seu entendimento, Maria é reportada guardando no coração os acontecimentos. No momento não entendia, mas procurava alargar sua compreensão, meditando em silêncio. Ao invés de precipitar-se em apressadas atitudes, preferia esperar o tempo de Deus e sua luz. Sem alarde, Maria deixa claro que quem pretende conhecer Jesus, necessita de silêncio, de tempo, de reflexão. Frequentemente, de espera! A pessoa de seu Filho, sua vida e missão ultrapassam categorias e fronteiras humanas e quem deseja compreendê-los, precisa treinar-se a se livrar de condicionamentos humanos. Engessada na lógica humana, nenhuma pessoa chegará a conhecer de verdade a Jesus, filho de Deus e filho de Maria.
Num mundo tão cheio de sobressaltos e de brutalidades, emerge uma escola de esperança, a escola de Maria! Nessa comunhão, a mestra é especialista em uma principal matéria: fazer conhecer Jesus, seu Filho, o Príncipe da Paz, o Homem que mais ama o homem! Quem, livre de preconceitos, frequentar a escola de Maria, ficará, certamente, fascinado com a pessoa de seu Filho. Espontânea e alegremente, seguirá seu salutar e atemporal conselho: faça o que ele disser!
Resplandece, neste dia dedicado às mães, o exemplo de Maria. Apela forte o convite para as mães, todas as mamães, se inscreverem na escola de Maria!
Feliz Dia das Mães!
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