
Deus continua em pauta! Persiste o debate em torno da existência ou não da divindade. Livros continuam sendo editados, artigos publicados e pessoas de várias classes sociais e níveis acadêmicos debatem com ardor o assunto. Argumentos embasados nas mais variadas conjecturas ou nas mais recentes descobertas científicas sustentam as posições dos debatedores. Paralelamente a esse arsenal de argumentos, aparece a iniciativa da própria divindade, conforme registrada na Bíblia Sagrada. Sabedor da contumaz desconfiança inquisitiva da mente humana, o próprio Criador tratou de propor, em duas instâncias distintas, seu argumento para convencer a humanidade da sua existência.
Quando apresentou-se a Moisés, na cinematográfica teofania da sarça ardente, o Criador não se contentou apenas em revelar sua identidade: EU SOU. Emendou que sua soberana existência ouviu o clamor do povo e decidiu libertá-lo da dura escravidão imposta pela tirania de Faraó. Assegurou ainda que o povo não cultivaria mais nenhuma dúvida acerca da sua real identidade quando, liberto, lhe prestaria culto naquele mesmo monte santo. A previsível desconfiança será superada, quando, por intermédio de Moisés, a história dos descendentes de Abraão ficasse definitivamente alterada. Mudar o rumo da história para garantir a liberdade e a dignidade das pessoas é o argumento irrefutável a comprovar a existência do Deus vivo! Deus não é um ente distante. Ao contrário, é Deus verdadeiro porque se envolve na história para purifica-la e elevá-la. E quem nele acredita engaja-se, como fez Moisés, na condição de parceiro na sublime missão libertadora. A fé em Deus é consequência a esta luta redentora.
A libertação efetuada sob a liderança de Moisés prenunciava outra redenção, ainda mais profunda e universal, a ser realizada pelo próprio Filho de Deus, Jesus Cristo. No tempo certo, Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para ser o profeta credenciado a confirmar não somente a existência do Criador, como também seu visceral envolvimento com a história da humanidade. Assim como outrora mostrou-se comovido diante da opressora escravidão dos hebreus, em Jesus Cristo, Deus externa seu amor apaixonado e incondicional pela humanidade indicando o caminho para a plena liberdade. Assumindo integralmente a condição humana, o Nazareno faz o bem por onde anda, ensina verdades com real potencial para dar à história novos e libertadores rumos e, por fim, entrega livremente sua vida, como definitiva prova de que somente o amor generoso é capaz de tornar o homem livre e, consequentemente, em condições de reerguer o mundo decaído! Autêntico líder, empenhou-se em formar um grupo de seguidores que pensasse e agisse como ele: lutando pela genuína liberdade, transformando liderança em serviço, lucros em partilha, religião em solidariedade, amor em entrega.
Por Deus inspirado, Moisés mudou a história do seu tempo! E o povo acreditou no Deus libertador que ele anunciou! Por iniciativa divina, Jesus Cristo abraçou o martírio para tornar livre a humanidade. Afinal, a liberdade constitui a mais genuína manifestação de amor. E Deus é amor! Crer em Deus é crer na liberdade. É empenhar-se em dar à história parâmetros justos e dignos. Emerge, segundo a Bíblia, o irrefutável argumento a comprovar a existência de Deus! Simples. Direto. Envolvente. Quem acredita no Deus da Bíblia não perde tempo em inconclusivos debates. Aplica-se, firme e serenamente, a ser parceiro no êxodo para libertação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário