sábado, 11 de julho de 2020

REDES DO BEM

O Papa Bento XVI foi expulso do Vaticano! A informação é veiculada pela agência de notícias Opinião Católica. O comunicado ainda informa que o Papa Bento XVI permanecerá na sua terra natal, a Alemanha, como exilado, uma vez que sua presença no Vaticano passou a ser considerada incômoda. Noticia ainda a agência que este exílio faz parte de um plano abrangente de reformas que Bergoglio, a quem alguns (sic) chamam de Francisco, pretende introduzir na Igreja. Dentro desse projeto se inclui a inclusão do culto a Satanás nas celebrações da Eucaristia! Aos fatos. É verdade que o Papa Bento XVI viajou para a Alemanha. Foi visitar seu irmão mais velho, George, que estava bem doente e que, de fato, veio a falecer. Retornou ao Vaticano no dia 22 de junho, antes do falecimento do irmão. Desde então continua residindo no Vaticano. O conjunto da notícia não é somente fantasioso, mas propositalmente mal intencionado. Esta informação se enquadra no que se chama, hoje, de fake news. Fake news é uma modalidade de antijornalismo. A diferença radical entre notícias erradas e fake news situa-se na motivação a inspirar esse torto jornalismo. Equivocar-se ao apresentar uma notícia é algo perfeitamente previsível na profissão jornalística. Errar é humano! Quando isso acontece, o jornalismo profissional e decente se retrata publicamente, e se porventura a informação cause algum dano, o veículo ou o jornalista respondem judicialmente. No caso das fake news, a informação não é apenas deliberadamente distorcida, como também motivada por interesses obscuros, visando causar dano e criar confusão nas pessoas. Como bem mostra a informação acima. Outro elemento pernicioso integra o entorno das fake news. Muitas dessas mentirosas informações são postadas nas redes sociais por robôs e são impulsionadas por robustos grupos financeiros, o que insinua a existência de articuladas organizações. Em um espaço breve de tempo, informações deliberadamente infundadas e tendenciosas correm o mundo. Tecnicamente bem produzidas, as notícias acabam convencendo e engando muita gente. Fator outro a ser levado em conta, quando se analisa o tráfego fácil de mensagens suspeitas, são os próprios destinatários. Há leitores cativos que simplesmente endossam e repassam informações que se alinham com sua ideologia ou reforçam suas preconcebidas teses. Grande enigma da inteligência humana: embora afirme buscar a verdade, enxerga somente os dogmas que quer! Importa, neste enredo, não a veracidade da notícia, mas a propagação do viés ideológico. Crê-se no que se quer crer, induzindo a outros no mesmo erro. Correm atualmente tanto no Congresso, como também no Supremo, iniciativas para regular essa nefasta indústria, uma vez que não existe ainda legislação penal específica para a prática de fake news. Questões fundamentais acaloram o debate, como o direito à liberdade de expressão e a proteção à privacidade, princípios considerados pétreos na Constituição. Argui-se que impor limites na veiculação de informações ou introduzir filtros para depurar a intencionalidade das notícias fere a liberdade de expressão, e abre espaço para a prática da censura, outro princípio enfaticamente repelido pela Federal Constituição. O debate é, reconhecidamente, complexo e exige sereno discernimento, particularmente no aspecto ético por trás dos volumosos financiamentos que impulsionam a disseminação de informações tendenciosas. A sociedade do bem não aprova mentiras. Repudia ficar refém de gente desleal. Busca proteção. Caminho prudente é desconfiar de ‘furos’ bombásticos. Convém filtrar notícias e habituar-se a pesquisar a quem possam interessar informações estranhas. Acima de tudo, porém, vale o adágio antigo: contra mentiras, a verdade! Organizações desonestas se combatem com a valentia das redes do bem!

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