Reflexões para crescer no amor a Deus, no amor aos irmãos e fortalecer-se na fé cristã.Viver, em suma!
sábado, 24 de novembro de 2012
MARANA-THA
Atual é a polêmica sobre o fim do mundo! Alguns prognosticam até a data do espetáculo, sintoma claro da excitação que o assunto exerce sobre a imaginação humana. Especial curiosidade provoca o enfoque catastrófico do evento. Autores apocalípticos apelam até para a Bíblia para confirmar suas conjecturas. Basta, no entanto, aplicar-se a uma leitura atenta para perceber que o enfoque bíblico, longe de confirmar a convulsão cósmica, procura antes consolar e animar. A Bíblia se ocupa preferencialmente do ser humano e não de fenômenos naturais. As referencias a cataclismos é linguagem figurada que acena para a presença sempre danosa e amedrontadora do mal. A maldade, além de onipresente, parece invencível. O homem do bem, frequentemente, vive a sensação de ser impotente diante de tanta maldade. E bate nele a dúvida: será isto indicação de que o fim está próximo? Seria o medo o sentimento que, afinal, marcará a história humana e definirá a sua derrota? Não é sem razão que pregadores levianos exploram essas teses. O medo é um dos sentimentos mais propícios para manipular e dominar a consciência humana.
Emerge da leitura atenta da Bíblia uma das verdades mais alentadoras para a humanidade. Deus nunca explora o medo. Ao contrário, esmera-se continuadamente a livrar o Homem do sentimento do pânico. A propósito, uma das sentenças mais freqüentes encontrada na Bíblia é justamente: não tenha medo! Jesus, único porta-voz autorizado do pensamento divino, aborda, sim, o assunto fim dos tempos. Usa a linguagem apocalíptica do seu tempo, enfoca, contudo, a dimensão gloriosa do evento. O fim dos tempos, segundo a instrução de Jesus, assinala a vitória definitiva do ‘Filho do Homem’, a vitória da caridade. E se Jesus se apresentará vitorioso, a humanidade igualmente triunfará. A conversa de Jesus sobre o fim do mundo não explora a destruição, ao contrário, exalta a dignidade humana. O fim não é a morte, mas a vida gloriosa!
A convicção com que Jesus abordava o assunto, certamente excitava a curiosidade de seus ouvintes. Em especial, por que viviam cercados de ameaças variadas. Situação, de resto, que acompanha os discípulos de todos os tempos. Em nenhuma era os seguidores de Jesus experimentaram, tanto na vivência comunitária como individual, longos períodos de sossego e tranquilidade. Compreensível, portanto, se apresenta a indagação, carregada de ansiedade, periodicamente levantada: quando acontecerá isto? Quando, afinal, a opção de seguir os passos de Jesus provocará a tão almejada sensação de vitória e de repouso tranquilo? O Homem tem necessidade desta certeza para prosseguir no caminho do bem.
A resposta do Mestre, embora pareça enigmática, é, na verdade, programática: esta geração não passará antes que tudo aconteça. Evidente, Jesus não se dirige apenas à geração do seu tempo, mas a todas as gerações que vivem semelhantes angústias e buscam inspiração em sua Palavra. A resposta do Mestre assegura que, quem perseverar na caridade e optar fazer o bem pelo bem, conhecerá o gosto do triunfo. Crer na supremacia da caridade, como Ele acreditou, motiva incondicionalmente a prosseguir em frente, e com confiança. E para não deixar que seus seguidores esmorecessem, o Mestre garante presença contínua ao lado de seus amigos: “Estarei com vocês todos os dias até o fim dos tempos”. Em outra sentença, Cristo expressa a mesma verdade, consoladora e programática: “céus e terra passarão, minha Palavra não passará”. Tudo o que é deste mundo é fugaz, somente a verdade de Jesus subsiste em todos os tempos e circunstâncias!
Os discípulos confiam na Palavra do Mestre, mas reconhecem-se, com freqüência, vacilantes diante das múltiplas angústias e ingentes desafios. Desde os primórdios, os cristãos aprenderam a apelar com insistente devoção: Vem, Senhor Jesus! Como quem clama: manifeste-se, Senhor, e não vacilaremos! Confortados com a presença viva e real do Senhor Jesus, os cristãos saem mais confiantes para semear a venturosa esperança: há um destino e será glorioso para quem for fiel servidor. O fim, afinal, será triunfal e não catastrófico. Em direção ao triunfo caminha a humanidade! Significativamente, a frase derradeira do último livro da Bíblia, estimula o vigoroso clamor: Vem, Senhor Jesus! Marana-tha!
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