sábado, 3 de agosto de 2019

FIEL TESTEMUNHA

Surpresas integram o cotidiano! Situações inusitadas surgem diariamente e demandam atitudes. O fascinante é que a história de indivíduos e de civilizações se constrói a partir da maneira como se reage diante dessas situações inesperadas. Surge outra verdade fascinante, em muitas dessas situações o espaço para se tomar posição é sempre exíguo e tenso. O sujeito se vê confrontado por valores conflitantes que demandam decisão. Reagir com discernimento e prudência pode representar o início de uma redentora história. Ao passo que reações impulsivas e imprudentes podem causar irreparáveis danos. Sábias decisões edificam. Impulsivas opções demolem. Evangeliza quem reage, nessas circunstâncias inesperadas, segundo os padrões propostos por Jesus Cristo. De onde se conclui que a tarefa evangelizadora está ao alcance de todo batizado. Ambíguo é o conceito de considerar a redenção da história tarefa reservada unicamente a pessoas especialmente qualificadas, no exercício formal da sua vocação. É fato comprovado que conversões significativas deram-se fora de ambientes estritamente religiosos, ocasionados por despretensiosos comentos ou espontâneos gestos. A salvação não está atrelada a templos. Conversões não dependem, essencialmente, de pregações. Deus age e fala por meio dos, e nos, acontecimentos da vida! É a maneira como se reage diante de fatos corriqueiros que faz a evangelização acontecer. O senhor Jesus Cristo chama esses fatos de tesouros que se encontram de surpresa nas lidas diárias. Ao reconhecer a estratégica importância dessas circunstâncias e aprender a aproveitar-se delas, reagindo segundo os princípios evangélicos, o sujeito contribui decisivamente no aprimoramento dos relacionamentos interpessoais e do redirecionamento da história. São justamente essas situações miúdas, presentes em todos os departamentos da vida, os espaços mais privilegiados para evangelizar. Genuínas e surpreendentes atitudes cristãs, nesses contextos profanos, abrem portas e derrubam resistências, porque proporcionam um encaminhamento diferente ao que se é acostumado a esperar. Ao reagir com digna serenidade diante de uma agressão, o cristão desconcerta o agressor e o interpela. Evangelizar é mais questão de atitudes que de discursos. De atenções mais que de rituais. Urge estar atento a esses sinais, para que, quando surgem, souber aproveitar-se deles para edificar! São, normalmente, situações fugazes! Oportunidades que não se repetem! Essa presença de espírito evangelizadora pressupõe uma identificação, profunda e consciente, com o evangelho de Cristo. São valores assumidos de forma integral e constitutiva! Revestido de Cristo, para usar a precisa expressão do apóstolo Paulo, o sujeito se comporta, diante das passageiras surpresas, como convincente e fiel testemunha do evangelho de Jesus Cristo.

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